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Análise / Review: The Incredible Adventures of Van Helsing III

Ai está, a última das incríveis aventuras de Van Helsing, fechando a trilogia de ARPGs diablo-like da NeoCore.

Quem acompanhou a chegada do título, deve ter visto uma recepção bem difusa entre os fãs da franquia, pendendo para uma análise negativa. Será que este título é realmente pior do que os anteriores, ou é fricote de fã?

Na dúvida, acompanhe nossa análise completa! Lembrando que o título possui cooperativos online para até 4 jogadores e competitivos para até 8 jogadores!

Ficha Técnica

Gênero ARPG (Action Role-Playing Game)
Diablo Clone
Desenvolvedora NeoCore Games
Publicadora NeoCore Games
Cooperativo Online 4 jogadores
Cooperativo Local Sem suporte
Cooperativo em Rede Local Sem suporte
Data da lançamento 22/05/2015
Versão analisada 1.0.3
Data da análise 04/06/2015
Processador Dual Core 2 GHz Quad Core 2 GHz
Memória 1 GB 2 GB
Espaço em Disco 20 GB
Vídeo (NVIDIA) GeForce 8800 GT GeForce GTX 275
Vídeo (AMD) Radeon HD 3850 Radeon HD 5770
Direct X 9.0c 11.0

Enredo

Continuando de onde parou

A história de The Incredible Adventures of Van Helsing II, você seguirá suas aventuras no reino fictício de Borgovia.

Dessa vez, a companheira fantasmagórica Katarina terá um papel maior do que sua ajuda em combate e seus comentários engraçados: ela fará parte da história, que entrelaça-se com a história principal do jogo e de quebra, ainda conta mais sobre a origem da personagem, e é definitivamente o ponto forte da franquia.

Tradição mantida

Seguindo a tradição, o jogo usa cutscenes ao estilo de cardgames para ilustrar os eventos e personagens importantes na história do jogo.

Os easter eggs de referências a elementos da nossa cultura, que sempre foram outro ponto forte da franquia, também estão lá escondidos para serem encontrados no mundo, porém aparentemente, em menor número.

Linearidade

A ambientação nesse título parece melhor ainda do que nos anteriores, com uma trama bem intensa, que infelizmente só não é bem aproveitada por falhas de narração. Digo, é muito legal você ver as consequências do que ocorre ao fim do jogo anterior - porém, apesar de isso ser demonstrado visualmente, e suas missões girarem em torno desse evento, é tudo muito linear e sem qualquer surpresas...

Os diálogos continuam mornos, com a parte mais interessante da história sendo a revelação da história da Katarina. Os momentos de escolha de diálogo resumem-se em geral a aceitar quests ou não, em pouquíssimos casos apresentando alguma diferença.

Progressão

Progressão mais limitada

É aqui que as coisas se complicam: se Van Helsing 1 já tinha várias progressões e atendia satisfatoriamente, e em Van Helsing 2 o jogo trouxe inúmeras melhoras, é de se esperar que no terceiro título, isso fosse ser mais aprofundado ainda, não é? Mas não é o caso: Em Van Helsing 3, a progressão ficou mais limitada!

Novas classes especialistas

Ok, mas nem tudo foi perdido: agora ao invés de 3 classes, você terá 6 classes para escolher:

  • Protector: o grande tanque do jogo, que empunhando um escudo, consegue aguentar muita porrada.
  • Bounty Hunter: uma variante do Marskman anterior, dessa vez focado em tiros precisos a longa distância.
  • Umbralist: uma espécie de rogue com habilidade de ficar invisível e dar ataques devastadores.
  • Elementalist : o mago do jogo.
  • Phlogistoneer: nada mais estiloso do que usar um robô steampunk pra destruir hordas, não é?
  • Constructor: pets, summons, companions, e mais summons. Perfeito pra quem queria ser um necromante mas acabou virando um cientista.

A tal da campanha de Veterano do Van Helsing 2, onde você começava no nível 30, não existe mais. Até porque o nível máximo voltou a ser 30...

Ao passar de nível, pouca coisa mudou, você continua ganhando a mesma quantidade de pontos para distribuir. São apenas 2 pontos de aptidão para gastar entre Corpo, Destreza, Força de Vontade e Sorte.

Aptidões do Personagem

  • Corpo: Aumenta dano físico corpo-a-corpo, defesa e vida. Aptidão mais completo, totalmente voltado aos porradeiros.
  • Destreza: Aumenta o dano físico de longo alcance, e aumenta chance de esquiva. Ideal para atiradores.
  • Força de Vontade: Aumenta poder de magia e mana total. Voltada para magos, e habilidades que causam dano elemental baseado em Poder de Feitiços.
  • Sorte: Aumenta danos críticos, esquiva e chance de encontrar itens melhores. Estatística híbrida, que combina com qualquer tipo de dano, desde que tenha chance de crítico alta.

Ao contrário de alguns ARPGs, itens não possuem requerimentos de aptidão, apenas de nível para serem usados, e você pode portanto gastar todos pontos de aptidão como bem quiser sem qualquer restrição.

Você também ganhará 3 pontos de habilidades por nível para distribuir entre as habilidades... onde por padrão, cada habilidade costuma custar 2 pontos por nível.

Desmatamento da árvore de habilidades

Agora, hora da grande mudança: não há mais árvores de habilidades! Heresia, taquem fogo!!! E logo, não há aqueles bônus variados ao gastar pontos nas habilidades de uma árvore...

Ok, o que mais... lembram que havia uma aba de habilidades ativas chamada Truques nos 2 títulos anteriores? Também foi cortada fora, sem remorso.

Meu deus, o que sobrou? Exatamente, 8 habilidades ativas e 1 passiva, e que ao contrário do habitual, não constituem uma árvore, e possuem um máximo de 15 níveis, ao custo de 2 pontos de habilidade por nível.

As habilidades ativas ainda possuem os três modificadores acima, que ao serem liberados com o gasto de pontos de habilidade, permitirão que o personagem gaste sua barra de Fúria para conseguir efeitos adicionais ao lançar a habilidade.

Cada uma das habilidades principais também possuem 4 melhoramentos, localizados abaixo da habilidade, que irão fornecer algum bônus a ela, e cada um destes melhoramento possui 3 níveis. Cada nível de melhoramento custa 1 ponto, e possuem requerimentos de nível 2/4/7 na habilidade, respectivamente.

As Auras, habilidades passivas que afetam apenas o seu personagem, sobreviveram. São ao todo 8 auras disponíveis, com uma pequena variação conforme a classe, e poderá ativar até três auras simultaneamente.

Reputação e regalias

O sistema de reputação manteve-se sem mudanças: a medida que faz suas missões e derrota criaturas poderosas, irá ganhar pontos de reputação, e ao passar de nível de reputação, você ganhará um ponto de Regalia para gastar.

As Regalias são características passivas permanentes do personagem, que conferem bônus especiais. Porém, para poder gastar ponto numa regalia, você precisará antes de mais nada liberá-la.

A maioria das regalia possuem pré-requisitos para ficarem disponíveis, como por exemplo atingir uma determinada quantidade específicas de uma determinada aptidão.

Katarina, sua ajudante, também tem seu próprio nível, e ao passar de nível, também poderá gastar pontos de aptidão e habilidade, que aparentemente, não sofreram nenhuma mudança em relação ao Van Helsing II, exceto pelo fato da Katarina ter nível máximo 25.

Se você se perder nisso tudo e fizer uma escolha ruim, não tem problema: Gaspar, Príncipe dos Ciganos, irá fornecer 4 opções para solucionar o problema: repor pontos de aptidão, repor pontos de habilidade, repor Katarina e repor Regalias.

E claro, os itens! Nisso o jogo é bem tradicional: itens brancos, itens azuis com algumas propriedades magicas, itens amarelos com várias, itens épicos e de Conjunto.

Itens épicos ainda costumam ter alguns bônus trancados, que precisam de alguma coisa ser feita para serem liberados, como por exemplo, matar X bixos com a arma, ou numa armadura, bloquear X ataques.

Encantamentos

Seguindo a onda de Torchlight 2, também é possível encantar itens: Saffi é a responsável por esse recurso, que também sofreu limitações em relação ao título anterior, e te dá as seguintes opções:

  • Encantar: é a opção padrão e comum: você coloca seu item, e o NPC adicionará um bônus extra ao item permanentemente. Você só pode colocar um encantamento num item (salvo raras exceções), mas pode pagar para remover o encantamento e aplicar outro, que talvez fosse mais útil. Porém, uma novidade: a cada reaplicação de encantamento, o custo aumenta cumulativamente!
  • Substituir: serve para você trocar qualquer bônus do item por outro novo aleatório. Você só poderá trocar um dos bônus do item, e assim como a opção anterior, a cada substituição, o preço aumenta cumulativamente.
  • Transmutação: permite que você mude o visual de um item, assim como seu nome, personalizando-o, mas sem nenhuma mudança funcional.

Outros sistemas que mudaram

O NPC Inventor também sofreu mudanças: agora, você deverá gastar 3 itens para criar um novo item, que irá herdar parte das propriedades dos itens originais. Você pode utilizar um quarto item, que irá servir de base para esse processo, e manterá parte das suas propriedades.

E lembram-se do sistema complexo de Runas de Van Helsing II, que também permitia criar itens? Foi totalmente removido! O que podemos ver é que não há a possibilidade de fabricar itens perfeitos que existia em Van Helsing II, e com certeza o motivo dessas mudanças foi balanceamento.

Sistemas sem mudanças

O sistema de Essências manteve-se inalterado, permitindo aplicar essências em itens com capacidade de essência no NPC Alquimista, para o item fornecer atributos extras.

O sistema de Troféus de Van Helsing II existe - mas não funcionava até o último patch sair! No mais, é o mesmo macete, até 3 troféus ativos, cada um dando vantagem e desvantagem.

Além de todas essas possibilidades de geração e personalização de itens, o jogo conta com outra progressão, através do uso de Elixirs. Você eventualmente encontrará Elixirs nas fases, ou poderá comprá-los por um custo altíssimo nos vendedores. São poções que dão um bônus permanente ao personagem: +20 de Mana, +30 de algum tipo de resistência, por aí vai! Porém, cada Elixir só pode ser usado uma vez por personagem.

A Quimera, que em Van Helsing II precisava ser liberada, agora está acessível desde o começo do jogo, e dessa vez serve apenas para Caçar: você poderá mandá-la a 6 locais distintos, e ao retornar, a Quimera irá trazer Ouro e Itens a você, adquirindo experiência, podendo atingir até o nível 15.

Líder da Resistência

O sistema de Posto de Comando ainda existe, que te coloca como Líder da Resistência, e gerencie um Exército e Comandantes em Missões. Ele envolve dar ordens aos Comandantes, escolhendo quais missões cada um irá fazer, equipá-los com relíquias, treinar Soldados e Melhorar seus equipamentos.

É um sistema secundário, que é basicamente uma simulação de estratégia em que você não vê o que acontece: você dá as ordens, e colhe seus resultados.

O uso prático maior desse sistema é que algumas missões da história que você iria fazer (em especial as que funcionam como um Tower Defense), você poderá ao invés mandar os Comandantes em seu lugar, fazendo com que seu exército as complete. Basicamente, é uma forma de se livrar de algumas fases na campanha.

Glória

Mas então, ao pegar nível máximo, só resta pegar itens? Não! Personagens nível 30 liberam um outro tipo de sistema de progressão, chamado de Glória.

Passar de nível de Glória permitirá aumentar atributos especiais com eles, como por exemplo, chance de crítico, ou regeneração de vida. Subir de nível de Glória também irá te dar 2 pontos de aptidão.

Cenário

Além disso, após o nível 27 você irá liberar acesso ao modo Cenário, voltado justamente para quem já zerou e não quer ficar fazendo a campanha. O funcionamento do sistema de Cenário, no momento, é idêntico ao do título anterior.

Pra começar, você irá selecionar o número de condições especiais do modo, que vão de 1 a 5. Cada fase possui 5 condições especiais, que irão dificultar e muito sua sobrevivência, e elas serão ativadas conforme a quantidade de condições que você escolheu quando iniciou. Para cada condição extra que você liberar, poderá receber bônus variados de modificadores, tendo acesso a mais experiência, itens e ouro ganhos.

Você poderá então escolher até 6 mapas distintos, que são mapas fixos da campanha do jogo, porém com o diferencial de terem missões específicas: Caça ao Tesouro, Frenesim, Recompensa ou Purga. Algumas das missões tem tempo para serem completas, e acredite, você pode falhá-las! Se falar, você deverá resetar seu progresso no cenário.

A vantagem do cenário é que a medida que você progride nas fases e as completa, irá ter um acréscimo em sua barra de vitória, que irá conceder mais bônus ainda no modo cenário, permitindo assim que você dinheiro com mais facilidade.

Jogabilidade

ARPG clássico

A jogabilidade, em termos estruturais, é a mesma de seu antecessor, bem padrão de ARPGs isométricos: extremamente centrada sobre o mouse, que é encarregado da movimentação do personagem e dos ataques em geral.

Recapitulando: o botão esquerdo do mouse é encarregado de fazer o personagem se movimentar e atacar, e o botão direito utiliza habilidades.

O jogo também permite que você ande pelas setas, pra quem quiser se aventurar numa jogabilidade diferenciada.

Controlando a Katarina

Você também pode rapidamente alterar a forma da Katarina utilizando a tecla X, que pode assumir uma postura de combate corpo-a-corpo, de combate a longa distância, ou simplesmente ficar em forma de fantasma e não engajar em combate.

A Katarina também pode ter sua inteligência artificial configurada, permitindo que você defina a prioridade dos inimigos dela, se ela irá utilizar poção automaticamente, ou mesmo que tipo de itens ela irá pegar.

Teclas padrões

As teclas 1 a 6 serão utilizadas por padrão para utilizar Habilidades, com total liberdade de escolher o que vai em cada um deles, assim como também os slots de botão esquerdo e direito do mouse.

A tecla T é utilizada para o Portal da Cidade, que te permite viajar rapidamente ao esconderijo sem qualquer custo, e de lá te permitirá voltar para o local do Portal, ou teleportar a vários dos Waypoints, chamados de Portais de Tinta no jogo.

As teclas padrões de ARPGs também estão lá: ALT para ver itens no chão, SHIFT para atacar sem sair do lugar, etc. Para utilizar poções rapidamente, as teclas padrões são Q para poção de vida e W para poção de mana.

Fúria

Lembra do sistema de Fúria, que permite utilizar Poderes de Fúria para melhorar suas habilidades? Você pode utilizar o sistema de várias formas.

As teclas A, S e D irão pré-ativar os Poderes de Fúria respectivamente para ambas as habilidades do botão esquerdo e direito do mouse. Ao ativar a próxima habilidade, a Fúria será gasta, e os Poderes aplicados.

Os poderes podem ser acumulados, por exemplo, apertando S 3 vezes você irá ativar o poder “do meio” de suas habilidades 3 vezes, fazendo-o acumular em efetividade.

Outra alternativa é apertar a barra de espaço, que irá automaticamente ativar os Poderes de Fúria para suas habilidades, conforme o que você pré-definir no menu de Combinação de Poderes, que pode ser acessado ao clicar no botão de Definir Combinação.

O limite é justamente que pode-se escolher no máximo 3 ativações de poderes simultaneamente – por exemplo, duas ativações do primeiro poder com uma do terceiro, ou uma ativação de cada um dos 3.

O sistema de Poder/Fúria trás uma complexidade especial ao uso de habilidades, permitindo ao jogador especializar uma habilidade para cada ocasião, e podem fazer toda a diferença.

Se você não quiser se preocupar com isso, achando uma complexidade desnecessária, não tem problema: existe uma aura passiva chamada Tumulto, que aumenta o dano crítico do jogador justamente quando sua barra de Fúria estiver cheia. Existem também passivas e Regalias que irão fornecer algum bônus quando sua barra de Fúria estiver cheia. Portanto, o jogo permite que você não gaste pontos de Fúria e não saia tão prejudicado!

Jogar no controle

O jogo vem também com suporte nativo ao controle do Xbox. Você poderá ativar/desativar o suporte ao controle nas opções do jogo, mas terá de reabrir o jogo para que essa alteração seja efetivada.

A versão para controle altera toda a interface do jogo, inclusive o menu, e o pouco que joguei ela me agradou muito. Certamente, é uma opção pra quem quiser variar, especialmente pra quem é acostumado a jogar no controle.

Igual, mas diferente

Ok, acho que alguém vai perceber que tudo dessa seção foi copiado do review do Van Helsing II... então, NADA mudou na jogabilidade? Como falei, em termos estruturais, não, mas na prática, a jogabilidade deste título é muito mais aprimorada.

São uma porção de mudanças pequenas em diversos sistemas, que deixaram ao menos pra mim a jogabilidade mais imersiva, interativa, e consequentemente, divertida.

Pra começar: não tem poção. Você tem ainda as teclas de usar poção de vida/mana, mas os pickups foram removidos. Basicamente, você tem poções infinitas, e o que limita seu uso é o cooldown. Portanto, é confortável guardá-las para emergência, ao mesmo tempo que você pode usar sem se preocupar de ficar sem e ter que voltar para estocar...

Lembram da redução nas habilidades das classes? Pois com menos habilidades, os desenvolvedores deixaram elas interligadas: a sinergia entre as habilidades aumentou, fazendo com que a jogabilidade de cada classe ficasse mais única, e tivesse uma espécie de combos em seus usos. Vou dar alguns exemplos pra ilustrar isso...

O Protetor tem uma habilidade, sem custo de mana e com pequeno cooldown, que ao ser ativada, faz ele levantar o escudo e ficar estacionário, bloqueando todo dano de uma direção. Você pode usar essa habilidade para parar um ataque à distância se o vir a tempo, funcionando como um "dodge", ou em meio aos inimigos, segurando-os e controlando suas posições.

Sem contar que a habilidade em questão irá absorver o dano bloqueado, e este dano será aplicado no seu próximo ataque, potencializando o dano do personagem caso você jogue defensivamente!

E o Umbralista? Ele possui 3 habilidades de ficar invisível, e possui mecânicas especiais para ficar invisível, aplicar marcas, consumir marcas. E assim por diante: toda classe possui mecânicas únicas, inovadoras e interessantes, que realmente fazem a jogabilidade ser única para cada uma delas.

Arte

Gráficos e interface

Apesar de terem mantido a engine dos títulos anteriores, deu pra ver que empurraram ao limite dessa vez! Mais belo do que nunca, mantendo o mesmo estilo artístico noir da franquia, os cenários vão além de cidades e laboratórios: são planos fantásticos e sobrenaturais, com muitos efeitos visuais fantásticos.

As cores e efeitos das habilidades estão mais vívidos do que nunca, criando um festival visual o tempo todo. O resultado é que o jogo ficou um pouco mais pesado.

A interface é idêntica à do jogo anterior, com elementos rústicos e certa liberdade em ocultar alguns itens, bem pouco obstrusiva.

Como sempre, você pode configurar com muita liberdade as opções gráficas do jogo em seu menu, das básicas até as mais avançadas. Dessa vez, com mais opções ainda, inclusive a liberdade de mudar o motor gráfico: Direct X 9, 11 ou OpenGL!

Sons e música

A música está mais cansativa do que nunca, parece que com menos faixas dessa vez, ocasionando uma repetição fora do normal, ou ao menos uma impressão disso.

Os sons em geral são bons, com leves variações para evitar a repetição constante que aflige jogos do gênero.

O grande destaque, pra não variar, continua sendo do voice acting da Katarina. Suas falas, seu sotaque e seu humor somam muito ao jogo, e mesmo jogar sozinho fará te sentir amparado e acompanhado em todo momento. Especialmente pelo fato dela falar coisas mais pessoais neste título, que de certa forma, a coloca no centro da trama.

Cooperativo

Maior estabilidade

Mais melhoria ainda: apesar dos bugs de lançamento, ouvi dizer que o multiplayer está mais estável do que nunca, por todo o código de rede ter sido reescrito.

O lobby do jogo é muito inteligente, por exemplo. Lista todas as informações de cada jogo, inclusive a região do host, sendo inclusive mais efetivo do que mostrar o ping do mesmo.

Também possui vários filtros que podem ser utilizados, e ainda lista seus amigos do Steam à. E pra facilitar mais ainda, se você tiver criado uma partida singleplayer, pode alterá-la para multiplayer sem nem precisar recriar o jogo. Nada mal.

A dificuldade no multiplayer é muito superior, e torna o desafio bem interessante e recompensador.

Em certos momentos, quando um jogador der trigger numa luta de boss, aparece uma janela onde os outros jogadores podem optar de desejam ou não entrar na luta, o que foi algo muito inteligente a ser feito.

Você poderá jogar inicialmente a campanha cooperativamente em até 4 jogadores. Após atingir nível 27, poderá jogar o modo Cenário de Pesadelo, também com até 4 jogadores, em busca de itens e desafios.

Modos competitivos

Para quem cansar de cooperação, há também o modo Battle Royale, que é o PvP mata-mata básico, com suporte a até 8 jogadores.

Outra adição competitiva é o modo Ensaio, que irá dividir os jogadores em 2 times, colocar uma bola no meio e levá-la até a base inimiga!

Veredito

Tão bom quanto o primeiro, melhor ainda que o segundo - o jogo continua tendo o seu diferencial de easter eggs, que são um ótimo incentivo à exploração na campanha, tanto pelas referências muito boas que utiliza quanto pelas recompensas.

A Katarina é mais importante do que nunca, e suas interações tornam o jogo muito mais interessante, certamente mais interessante do que a história do jogo, especialmente dessa vez!

As melhorias no multiplayer são muito bem-vindas, aumentando a estabilidade, permitindo sessões mais felizes com um amigo.

Os sistemas sofreram uma perda significativa em relação ao título anterior, mas como explicado, por questões de balanceamento, ou seja, um mal necessário.

O grande ponto forte do jogo, ao meu ver, é a jogabilidade, melhor do que nunca. As classes especialistas são divertidas, foram bem articuladas, e possuem mecânicas diversas e imersivas.

A rejogabilidade está tão interessante quanto no título anterior com as inovações do sistema de cenário, criando um sistema de progressão dentro dele, muito recompensador, e como sempre, deixando o desafio na mão do jogador.

Infelizmente o jogo teve grandes problemas no seu lançamento, o que manchou um pouco a imagem da franquia. Mas a cada atualização, dá pra ver que estão correndo atrás do prejuízo, pra deixá-lo muito mais interessante e ser o melhor jogo da série para todos!

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